Curva ABC: identifique os medicamentos mais vendidos e otimize o estoque da sua farmácia
A gestão de estoque é um dos principais desafios das farmácias, pois um controle ineficiente pode resultar em falta de produtos essenciais ou excesso de itens com pouca saída. Para evitar esses problemas, uma metodologia amplamente utilizada é a Curva ABC, que classifica os medicamentos com base em sua relevância para o faturamento do negócio. Mas como essa ferramenta pode ser aplicada de forma prática no seu negócio? E quais os erros mais comuns que devem ser evitados? Vamos explorar tudo isso a seguir. Continue a leitura! O que é a Curva ABC? A Curva ABC é uma metodologia de gestão de estoque que segue o princípio de Pareto (80/20), onde aproximadamente 20% dos produtos são responsáveis por 80% do faturamento. Com essa abordagem, os medicamentos e os demais produtos são classificados em três categorias: Curva A Compreende os itens de maior demanda, representando cerca de 20% do estoque, mas respondendo por 80% do faturamento. São produtos de alta rotatividade e indispensáveis para a farmácia. Curva B Na Curva B se encontram os itens de demanda intermediária, que representam em média 30% do estoque e cerca de 15% do faturamento. São produtos importantes, mas que não precisam de reposição tão frequente quanto os da Curva A. Curva C Estão na Curva C os produtos com baixa demanda, correspondendo a cerca de 50% do estoque e apenas 5% do faturamento. Esses produtos são mantidos para atender demandas esporádicas e evitar rupturas, mas requerem um controle rigoroso para não gerar desperdícios. Essa categorização permite ao gestor priorizar os investimentos em itens essenciais, evitando estoques desnecessários e otimizando os recursos financeiros da farmácia. Benefícios da Curva ABC para farmácias A aplicação da Curva ABC na farmácia traz diversas vantagens, impactando diretamente na eficiência operacional e no desempenho financeiro. Entre os principais benefícios, destacam-se: Melhor controle de estoque e redução de desperdícios Com a classificação dos produtos, é possível evitar estoques excessivos de medicamentos de baixa demanda (Curva C) e garantir a disponibilidade dos itens mais procurados (Curva A). Isso reduz perdas por vencimento e melhora o giro dos produtos. Reposição estratégica para evitar rupturas Ao identificar os itens de maior saída, o gestor pode programar a reposição de maneira mais eficiente, garantindo que os produtos essenciais estejam sempre disponíveis para os clientes. Isso evita a perda de vendas e melhora a experiência do consumidor. Otimização do capital investido em medicamentos A alocação inteligente de recursos permite que a farmácia invista mais nos produtos da Curva A. Tais itens, como dissemos, geram maior faturamento, sem comprometer o orçamento com estoques desnecessários de itens menos vendidos. Aumento da rentabilidade e melhor atendimento ao cliente A farmácia consegue equilibrar seu estoque, oferecer um atendimento mais eficiente e evitar desperdícios financeiros, resultando em um negócio mais rentável e sustentável a longo prazo. Como aplicar a Curva ABC no estoque da farmácia Para implementar a Curva ABC na farmácia, siga este passo a passo: Levantamento de dados de vendas Colete informações detalhadas sobre as vendas dos medicamentos nos últimos meses. Registre a quantidade vendida e o faturamento gerado por cada produto. Cálculo da participação de cada medicamento no faturamento Ordene os medicamentos por faturamento, do maior para o menor, e calcule a porcentagem que cada um representa no total de vendas. Classificação dos produtos nas curvas A, B e C Com base na análise, categorize os medicamentos conforme os critérios da Curva ABC. Isso ajudará a priorizar compras e definir estratégias de reposição. Uso de softwares de gestão Ferramentas automatizadas facilitam a análise dos dados e a atualização constante da Curva ABC, tornando a gestão de estoque mais eficiente e precisa. Ajuste no planejamento de compras Após a categorização, revise as estratégias de compra. Medicamentos da Curva A devem ter reposição contínua, os da Curva B devem ser monitorados regularmente e os da Curva C devem ser adquiridos em menor quantidade, conforme a necessidade. Erros comuns e como evitá-los Mesmo sendo uma ferramenta eficaz, a Curva ABC pode gerar falhas se não for aplicada corretamente. Veja alguns erros comuns e como evitá-los: Falta de atualização dos dados de vendas O comportamento de compra dos clientes pode mudar ao longo do tempo. Portanto, é essencial revisar a Curva ABC periodicamente para garantir que a categorização dos produtos esteja sempre atualizada. Dependência excessiva de um único fornecedor Depender de apenas um fornecedor para os medicamentos da Curva A pode ser arriscado. Caso haja problemas na entrega, a farmácia pode ficar sem produtos essenciais. Diversifique os fornecedores para garantir abastecimento constante. Estoque excessivo de produtos da Curva C Medicamentos de baixa demanda devem ser adquiridos em quantidades reduzidas para evitar desperdícios. Mantenha apenas o necessário para atender eventuais pedidos, evitando encalhes e prejuízos financeiros. A Curva ABC é uma ferramenta poderosa para a gestão de estoque em farmácias, permitindo um controle mais estratégico dos medicamentos e melhorando a rentabilidade do negócio. Com a correta aplicação dessa metodologia, é possível evitar a falta de produtos essenciais, reduzir desperdícios e otimizar os investimentos. Se você quer aprofundar seus conhecimentos sobre a gestão de estoque, confira nosso artigo sobre estratégias eficientes de gestão de estoque para sua farmácia em 2025 e descubra mais dicas para otimizar seus processos!
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