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Os comportamentos de consumo e as tendências do segmento varejista, em especial as farmácias, estão em constante mudança, tendo em vista que esse tipo de negócio contempla um público muito diversificado e uma infinidade de marcas.
Em meio a esse contexto, compreender sobre Gestão de Categorias tem grande relevância para os empresários da área.
Este conteúdo traz informações relevantes sobre o processo de Gerenciamento de Categorias nas farmácias, por meio de um bate-papo com a especialista em GC da GAM, Gilda Goulart Santana Pinheiro.
Siga conosco e confira!
A relevância do gerenciamento de categorias do setor farmacêutico
É muito importante estar atento às novidades do segmento, e às mudanças no hábito de consumo. Somente assim, as farmácias terão sucesso para bem atender os seus clientes.
Gilda conta que a pandemia é um exemplo claro disso: “O shopper mudou a rotina, mudou o tipo de produto que costumava comprar e até a frequência de compra. Esse comportamento impacta na compra de produtos, na organização da farmácia e nas tratativas comerciais, o Gerenciamento de Categorias é vivo, as metas mudam, as tendências, os tipos de produto, os planogramas, e até o layout da loja”, diz.
Ao estar atenta a essas mudanças, a farmácia estará sempre atendendo às necessidades e às curiosidades do público, será inovadora, e entregará ações de compra e ambiente favorável para o sucesso do negócio.
As três frentes do gerenciamento de categorias para farmácias
A Gestão de Categorias é importante para três frentes distintas e complementares para a administração de uma farmácia. Saiba mais sobre cada uma delas, a seguir!
1ª frente: cadastro de produtos
O Gerenciamento por Categorias bem-sucedido começa com base no cadastro de produtos, onde pode-se construir uma estrutura mercadológica, ou seja, níveis dentro do cadastro de mercadoria.
Nessa estrutura, é possível criar grupos de categorias ou “mundos”. Entre os mais comuns estão: infantil, beleza, saúde, cuidados pessoais e alimentos.
Além disso, pode-se criar outros agrupamentos, chamados de categorias. São exemplos: cabelo, corpo, rosto, gestante, cuidados íntimos etc.
Em seguida, é recomendado criar subcategorias, que são, de fato, os tipos de produtos dentro das categorias, por exemplo: shampoo, chupeta, condicionador, desodorante, coloração, entre outros.
Veja um exemplo prático:
Grupo de categoria/mundo: cuidados pessoais
Categoria: desodorante
Subcategoria: desodorante aerosol
Essa estrutura de organização ajuda o gestor da farmácia a ter uma visão mais estratégica e assertiva dos produtos cadastrados.
A estrutura mercadológica pode ser customizada de acordo com a necessidade da farmácia, aumentando ou diminuindo as opções, alguns adicionem por exemplo, segmento, marca, indústria, entre outros.
2ª frente: gestão comercial
Com base na estrutura mercadológica anteriormente citada, fica mais fácil entender quais são os grupos de categorias, categorias, produtos ou marcas mais relevantes para comercialização na farmácia.
Dessa forma, o gestor poderá definir quais itens serão os carros-chefe de determinada categoria ou marca. Logo, será possível entender melhor as oportunidades de negócio e para a ampliação do mix ou sortimento de produtos.
“Caso você queira saber qual marca foi mais vendida no semestre ou no último mês, basta fazer os filtros dentro da estrutura mercadológica já construída”, orienta a especialista.
3ª frente: organização da farmácia
A terceira frente onde a gestão de categorias é importante está relacionada a organização da farmácia, ou seja, ao layout das categorias, planogramas e materiais de merchandising que possam ser implementados na loja.
“Nessa etapa, o gerenciamento de categorias consiste em entender o perfil do cliente, o racional de compra e a jornada na farmácia, e, dessa forma, organizar toda exposição de forma estratégica, alavancando as vendas e aumentando a satisfação do shopper durante a jornada”, explica Gilda.
Em suma, o Gerenciamento de Categorias aumenta a satisfação do shopper, as vendas e o ambiente fica mais acessível, bonito e organizado.
A relação entre o gerenciamento de categorias e as vendas
O Gerenciamento de Categorias pode ajudar muito a farmácia a vender mais. Isso porque, a partir desse processo, é possível definir o mix ideal, a exposição adequada dos produtos nas prateleiras e o layout da loja.
Gilda exemplifica: “Basta pensar como um consumidor, quando vamos comprar algo. Se a loja está limpa, organizada, os produtos bem expostos, com preço, com opções para escolha, já facilita muito a nossa decisão de compra”.
E complementa: “Fora os fatores que nem percebemos, mas que também impactam, como: os planogramas feitos, materiais de merchandising, cross merchandising, amostras, degustação, atendimento personalizado, produtos para compra por impulso. É uma diversidade grande de possibilidades que o GC proporciona e que pode alavancar os resultados”.
Vale lembrar que a Gestão de Categorias pode ser feita independentemente do tamanho da farmácia. Trata-se de um processo democrático e que pode ser ajustado de acordo com as necessidades de cada negócio.
“Você pode fazer o básico ou avançar nas técnicas que o GC compõe no todo, mas o importante é começar pelos pilares que falamos no início, o restante vai surgir naturalmente”, aconselha.
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