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Em 2023, a fatia das vendas on-line no faturamento total do setor farmacêutico brasileiro foi de 11,6%, um salto significativo em relação aos 2,7% de 2019, segundo dados da Iqvia. Com isso, o Brasil passou a ser o terceiro do mundo em participação do canal digital, atrás da Alemanha e dos Estados Unidos.
“Ano após ano, as vendas on-line ganham mais representatividade e cada vez mais as indústrias vêm direcionando um maior peso no digital”, diz Fernando Sodré, diretor de marketing da indústria farmacêutica Cimed, especializada em medicamentos genéricos e OTC (remédios sem prescrição médica).
“Estamos comprometidos em atender o consumidor no espaço físico e digital, criando uma experiência omnichannel”, diz Carmenza Alarcon, gerente-geral da unidade de consumo da Sanofi Brasil, que fabrica o Dorflex, medicamento sem prescrição médica mais vendido do país. A empresa iniciou um projeto com inteligência artificial para cruzar dados e “ter uma melhor tomada de decisão”, conta a executiva da Sanofi.
“No ambiente digital, encontramos uma multiplicidade de perfis de consumidores, em diferentes etapas de sua jornada de saúde e com graus distintos de conhecimento sobre determinado assunto. O desafio é identificar cada grupo, os canais em que navega e a informação que precisa receber naquele momento”, afirma Adriana Toledo, diretora estratégia e conteúdo da Publicis Health, unidade de saúde do Grupo Publicis que atende a Sanofi Brasil.
De acordo com Sara Amaral, gerente de trade marketing da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), que reúne 67 redes responsáveis por 15 mil farmácias, uma das principais missões da entidade é oferecer inovações estratégicas e capacitação digital para a gestão das lojas. “A transformação digital está inserida no segmento farmacêutico e também na experiência que o consumidor terá em toda a jornada de compra”, afirma Amaral.