Essa notícia é de propriedade intelectual da Febrafar.
A auditora do varejo farmacêutico IQVIA apresentou recentemente os dados do fechamento desse mercado em 2023. Segundo o levantamento, o país fechou a ano passado com um crescimento do faturamento de 8,15% em relação ao ano anterior. Isso representa uma movimentação de 199,1 bilhões de Reais.
O grande destaque no varejo farmacêutico no período, mais uma vez, foi a Febrafar. Com isso, o faturamento cresceu no período 12%, movimentando 30,45 bilhões de Reais. Um crescimento maior que todos os outros agrupamentos. Atualmente Febrafar conta com 67 redes associadas que representam 15.208 lojas.
“O associativismo praticado pela Febrafar manteve o movimento observado nos últimos anos de crescimento de aproximadamente 50% acima do crescimento do mercado. Isso demonstra a força desse modelo que proporciona às redes a possibilidade de melhores condições comerciais, troca de conhecimentos e de acesso a digitalização que não conseguiriam se atuassem sozinhas”, conta Edison Tamascia, presidente da Febrafar e da Farmarcas.
Para o diretor geral da Febrafar, José Abud Neto, o grande destaque no crescimento é que ele é planejado de forma que não só as lojas da Febrafar cresçam, mas todos que se relacionam com elas. “Nosso propósito é melhorar a vida das pessoas e para isso sabemos que temos que fazer com que todos ganhem nas relações profissionais que nos propomos a ter. Assim, esse resultado é motivo de grande satisfação”.
Análise e projeção para 2024
“Apesar de não ter ultrapassado dois dígitos, o crescimento do varejo farmacêutico nacional é considerável, superando o PIB e outras métricas que analisam o mercado nacional”, avalia Edison Tamascia. Contudo, se observa que alguns subcanais enfrentaram desafios significativos. Por exemplo, o setor independente registrou crescimento, porém muito abaixo da média do mercado, assim como as redes regionais.
Já para 2024, segundo o presidente da Febrafar, a previsão é de um cenário de estabilidade, sem um crescimento expressivo acima da média deste ano. Por isso a importância dos empresários do setor estarem cada vez mais capacitados.
“Estamos passando por uma significativa transformação no comportamento do consumidor, nos meios e formas de compra e na concorrência, impulsionada por um processo acelerado de digitalização. Nesse ponto, observa-se que apenas alguns grupos conseguem aderir a essa transformação. Sendo que parte do varejo, mesmo que quisesse, não tem disponibilidade de ferramentas e sistemas, e quando encontram são inacessíveis no ponto de vista de preço”, explica.
Um fato relevante no mercado farmacêutico é a sua total auditabilidade, facilitando as tomadas de decisões, desde que haja acesso às informações necessárias. Também se observa uma tendência de as farmácias aumentarem seus espaços físicos, visando aumentar a oferta de produtos não medicamentos, em busca de aumentar sua lucratividade.
“A venda desses produtos, especialmente dos setores de perfumaria, higiene, beleza e dermocosméticos, está se tornando cada vez mais relevante. Algumas farmácias estão ampliando o espaço das lojas e diversificando o mix de produtos, incluindo itens de conveniência, dessa forma, antecipando uma tendência de mercado”, explica Edison Tamascia.
Diante de todas essas transformações, o presidente da Febrafar explica que surge uma grande oportunidade de crescimento para o associativismo, principalmente no mercado independente, que tem nesse modelo um caminho para se estruturar. Mas, como sempre afirmo, os desafios não serão maiores nem menores no próximo ano, apenas serão diferentes. E isso reforça a necessidade do pensamento coletivo para potencializar as conquistas.